segunda-feira, abril 10, 2006

A FORJA


A forja

A rua é negra, estreita. No ar se entorna
um diffuso clarão, incerto e falho.
Creanças sem cor, d'uma alegria morna,
brincam, na poeira, em montes de cascalho.

Vem da forja um rumor. E pára... E torna...
_Um rumor de fadiga e de trabalho... _
Sobre o corpo submisso da bigorna,
o ferro canta, no bater do malho.

Saltam faúlhas doidas, aturdidas...
Tine e retine o ferro, ao desprendêl-as
como enxame de abelhas perseguidas...

Que sôis? _pergunto anciosa de entendê-las.
Bagas de suor de mãos ennegrecidas?
Gottas de sangue? Multidões de estrellas?

Virginia Victorino (1898-1967)

"Texto conforme original".

3 Comments:

Blogger Português desiludido said...

Caro Manuel. Força com o teu blog!Quanto ao texto "quantos de nós não somos forjas"....Somos tão "malhados" e com tanta frequência que acabamos
(de)formados.
Abr
Pedro

3:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

You have an outstanding good and well structured site. I enjoyed browsing through it »

1:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Enjoyed a lot! Echelon surveillance system 27map27 echelon map Ma megabucks Machine michigan sale slot redhead lesbian nudes concerta overdose contraindications and information Pfizer lipitor recall Huge tits peter north cumshot macy handbags Snorting concerta how to Microwave toaster oven combos Refinancing united kingdom hybrid lexus photo Bdsm in san francisco All skin care

12:27 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home