sábado, julho 15, 2006

"A LUÍS GUIMARÃES"

SONETO

Teu livro evoca em nós esse alabastro
branco das rosas brancas! Os poetas
bebem nele os clarões lunares dum astro
mais as fúrias do Amor __ deus d'armas pretas.

Versos há que se elevam como o mastro
dum navio: outros cheiram violetas:
outros chispam, rasgando um sulco e um rastro
como as caudas de fogo dos cometas.

Teu estro, esse corcel em que cavalgas,
calca nuvens, e sóis, rochas, e algas
fosforescentes... Tem clarões de mar.

Mas, também lembra o raio e os cemitérios
que torcem ramos negros. Diz mistérios.
Lembra as florestas quando vão chorar.

Gomes Leal
1848-1921

5 Comments:

Blogger Maria said...

Bela escolha!
Beijos para ti!

5:02 da tarde  
Blogger Saramar said...

Manuel, adorei esses versos porque gosto muito do estilo parnasiano.
E os versos são realmente muito bonitos.
Obrigada.

beijos

9:30 da tarde  
Blogger Ash said...

Os sonetos que nos trazes são sempre líndissimos.

Beijinhos

9:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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5:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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8:33 da manhã  

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