domingo, abril 08, 2007

O ENTÊRRO DA CIGARRA


As formigas levavam-na... Chovia...
Era o fim... Triste Outono fumarento !...
Perto, uma fonte, em suave movimento,
Cantigas de água trémula carpia.

Quando eu a conheci, ela trazia
Na voz um triste e doloroso acento.
Era a cigarra de maior talento,
Mais cantadeira desta freguesia.

Passa o cortejo entre árvores amigas...
Que tristeza nas folhas... que tristeza !
Que alegria nos olhos das formigas !...

Pobre cigarra ! quando te levavam,
Enquanto te chorava a Natureza,
Tuas irmãs e tua mãe cantavam...

Olegário Mariano

33 Comments:

Blogger delusions said...

Que soneto tão giro...Não conhecia o poeta...

Bjs* e boa semana!

10:18 da tarde  
Blogger Abril Lech said...

Cantar al sol como la cigarra...
(dice una canción)
Esta cigarra pobrecita ya no cantará al sol... pero al menos ha tenido un funeral digno. No todos los humanos tienen ese privilegio.
Besos
(Tierno, es muy tierno)

12:41 da manhã  
Blogger Páginas Soltas said...

Ai amigo Manuel...´Acabei agora mesmo de colocar alguns poemas que vou recuperando!

Mas não quis desligar o pc...sem vir pedir desculpa...por não ter comentado mais cedo...a desejar um Bom Domingo de Páscoa!

Fica aqui a intenção!

Amanhã venho ler o soneto com atênção... agora não vejo nada pela frente!

Beijos da

Maria

5:13 da manhã  
Blogger Carracinha Linda! said...

Muito bonito, de facto!

BJS

10:18 da manhã  
Blogger leituras said...

Funeste e doloroso evento o triste enterro da cigarra. Gostei.

Espero que a tua Páscoa tenha sido muito feliz.

Boa semana

2:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Também tu és uma cigarrinha... :-)
das letras :-)

Bj doce

3:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Belo poema. Te convido para conhecer o meu novo texto e ajudar a "onda de pressão". Boa semana. Bjus

5:00 da tarde  
Blogger Verena Sánchez Doering said...

todos y hasta la cigarra merecen un entierro digno
los funerales siempre se llevan a alguien amado y ese alguien amado siempre deja hermosos recuerdos como esta cigarra que ya no cantara mas
Un abrazo Manuel y que estes muy bien y que sea una bella semana
besitos y cuidate



besos y sueños

1:49 da manhã  
Blogger fgiucich said...

Un triste canto para la pobre cigarra. Felices Pascuas-. Abrazos.

2:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ola moço como vai?
Eu sou uma formiguinha, como trabalho o dia todo, mal sobra um tempinho pra cantar na janela.
Um grande beijo e uma boa semana.
Célia

2:14 da manhã  
Blogger Lunna Guedes said...

Isso não é ironia, é mágico. Deveríamos fazer o mesmo, cantar a seqüencia e não chorá-la... Ao menos estivemos lá...
Abraços

6:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Desconhecia por completo e ... Gostei!
Beijito.
Boa semana.

11:04 da manhã  
Blogger LurdesMartins said...

Por aqui cheira a poesia!
Então a boca dos fornos é diferente por essas bandas?!?! A minha aldeia é transmontana, chama-se Sambade e pertence ao concelho de Alfândega da Fé ( a terra das cerejas ), no distrito de Bragança.
Obrigada pela visita e até breve!
Beijinhos

3:43 da tarde  
Blogger Serenidade said...

O cantar da cigarra...

Sorrsio sereno.

4:32 da tarde  
Blogger BETTINA PERRONI said...

Y dicen que el canto es triste... porque será?, por tanta soledad?..

Un beso Manuel, que estés muuuy bien :D

5:56 da tarde  
Blogger Milene Leite said...

Lindo soneto...

Sonoridade gostosa.
E uma moral implícita.

É sempre bom vir aqui!

Boa semana pra você!
=)

Beijão!

7:04 da tarde  
Blogger Blog de alma said...

...y en los ojos de las hormigas, el coclo de la vida.

7:43 da tarde  
Blogger Fernanda said...

... um pouco triste...
... pobre cigarra...

Fica bem
Bjs

9:19 da tarde  
Blogger Felipe Fanuel said...

Aqui é Outono...

Não agüento mais essas formigas...

Nem essas cigarras que já passaram da hora de serem enterradas. Haja tímpano para esses sons!

9:40 da tarde  
Blogger Paula Negrão said...

Lindo, mas triste!

E não deixemos que nos calem!

beijos

9:48 da tarde  
Blogger Páginas Soltas said...

Como o prometido é devido...cá estou!

O soneto está genial...

Sinceramente...foi uma boa escolha!

Beijinhos da amiga

Maria

2:56 da manhã  
Blogger Mayte said...

Hermoso soneto....de vuelta de vacaciones vengo a dejarte mil beijos!!

5:17 da manhã  
Blogger mariana soares said...

um soneto maravilhoso

deu para sentir o cantar triste da cigarra,


uma escolha que gostei


um abraço

10:31 da manhã  
Blogger pin gente said...

é assim (não devia sê-lo) mas a tristeza de uns leva alegria aos outros.

10:47 da manhã  
Blogger Juℓi Ribeiro said...

Manoel:

Triste e belo
o enterro
de nossa amiga cigarra!

Como sempre
o teu bom gosto
e a tua sensibilidade
se revelam
nas tuas postagens!
Deixo aqui
minha admiração
e um beijo.*Juli*

10:57 da manhã  
Blogger Carla said...

Beijokas........

      ¨`*• (¨`•.•´¨) ♡ .•*´
      ¨`*• .`•.¸(¨`•.•´¨) ♡ .•*´
      ¨`*• ♡ × `•.¸.•´  

11:45 da manhã  
Blogger Unknown said...

Muitas histórias existem sobre a cigarra e a formiga!
Gostei do poema!

♥*´¯`*.¸¸.*Beijinhos*.¸¸.*´¯`*♥

3:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

beijos y bom dia pra voce

4:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um bonito soneto, embora com um fim um pouco triste...

Beijo.

5:55 da tarde  
Blogger mymind said...

mto giro!
bjitux

6:10 da tarde  
Blogger tufa tau said...

as cigarras não fariam o mesmo às formigas.

6:12 da tarde  
Blogger MAR said...

MUY LINDO,
CARIÑOS.
MAR

8:55 da tarde  
Blogger tufa tau said...

uma cantiga triste cantariam a mãe e as irmãs...

10:22 da tarde  

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