sexta-feira, outubro 10, 2008

CREPÚSCULO

Tarde hibernal... O sol desaparece
Por entre os montes, vagamente,
E o vento passa, ciciando em prece,
Sobre a agonia da amplidão dormente.

O poente, a pouco e pouco, se enegrece,
E do carreiro o cântico dolente
Ouve-se, quando a lua resplandece,
Canto que chega a atormentar a gente.

Deserta o canto a solidão sem termo.
Vagos queixumes sobre a ramaria
Ficam pairando longamente no ermo.

A lua um pranto luminoso esfia...
E, dorido, o meu ser se prosta enfermo,
Enquanto uma ave tristemente pia.

Luís D'Alenquer

16 Comments:

Blogger Sereia Azul* said...

Olá!

Como sempre, uma seleccção perfeita!

Um abraço de brisa marinha*

Sereia Azul+

2:58 da tarde  
Blogger ETERNA APAIXONADA said...

Esperava por uma atualização com certa ansiedade...
A gente se acostuma, "de propósito", com o que é bom, belo...
"Crepúsculo" me encantou, talvez por ser um dos espetáculos que enternece meu coração...
Momentos... Paixão inconclusa... E a lua a compactuar com a dor...
Triste, mas lindo!

Tenha um ótimo fim de semana!

Beijos carinhosos.

3:53 da tarde  
Blogger Carla said...

mesmo triste o poema fez-me lembrar esse período melancólico do dia...que eu tanto gosto
beijos e bom fds

4:23 da tarde  
Blogger Lua em Libra said...

Olá,

vim alimentar a alma neste lado do mundo. Gostei do que li.

abraço,

5:59 da tarde  
Blogger Desnuda said...

Minha mãe sempre diz que o poente é melancólico...Lindo poema, Manuel.

Beijos

7:21 da tarde  
Blogger இலை Bohemia இலை said...

Ha ido cayendo la noche mientras leía sobre tu crepúsculo...Bss

8:14 da tarde  
Blogger Elvira Carvalho said...

Sempre encontro um poeta novo por aqui.
Um abraço e bom fim de semana

11:12 da tarde  
Blogger Cöllybry said...

Sempre com poesia de encanto...

Beijito

11:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nossa! Isso é lindo e triste demais...snifff...

11:48 da tarde  
Blogger Madalena Barranco said...

Olá querido Manuel,

Ah, eu já estava com saudade de seu blog que sempre me recebe com lindos poemas, assim como esse do poeta Luis, nostálgico e com as fibras da alma em cada verso.

Beijinhos.

11:51 da tarde  
Blogger mj said...

El atardecer en otoño es precioso verdad????
Entiendo casí todo lo que dices en el poema, pero como me gustaría entenderlo todo!!
Gracias por tu visita, te espero cuando quieras
Un abrazo
MJ

12:08 da tarde  
Blogger mariam [Maria Martins] said...

Manuel,
não conhecia este poema,,, é belíssimo.

adoro os fins-de-tarde Outonal... então perto do mar, são magníficos (tenho a mania de captar alguns em foto)

bom fim-de-semana
um grande sorriso :)

mariam

2:11 da tarde  
Blogger Isamar said...

Amigo, o teu blog é um espaço onde nos encontramos com a fantasia, o sonho, a alegria, a tristeza...os sentires da vida.

Lindo!

Beijinhos

Saúde por aí!

3:36 da tarde  
Blogger mariam [Maria Martins] said...

palavras...
não nos afastamos... pois não??!!!

:)

5:28 da tarde  
Blogger BETTINA PERRONI said...

Como siempre, bello leerte.

Que tengas hermoso fin de semana :)

Beijos

6:15 da tarde  
Blogger Blog de alma said...

Cuando el sol desaparece las vaes pían tristes...

8:33 da tarde  

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