quarta-feira, outubro 14, 2009

A ...

Eu adoro-a: no entanto às vezes, quando
Preguiçosa no leito se reclina,
E o meu olhar faminto, descerrando
Avidamente a flácida cortina.

Voluptuosa a vê branca e divina,
Seminua no leito morno e brando...
_ Solto o cabelo _ e a mão rosada e fina
No fofo travesseio descansando;

Ante aquela visão deliciosa
Eu fico-me a cismar perdido e louco
Nas abundantes formas cor-de-rosa

Do seu corpo de linhas virginais...
E sinto que este imenso amor é pouco,
Porque ela ainda merece muito mais.

Silvestre Falcão

6 Comments:

Blogger Eloah Borda said...

Olá Manuel, vim agradecer tua visita ao meu blog, e comentário. Vejo que também gostas muito de sonetos.Estou levando o link para colocar nas minhas listas de blogs.
Abraço.
Eloah

1:38 da tarde  
Blogger Elvira Carvalho said...

Gostei. Muito. Há tempo que por aqui não vinha.
Peço desculpa, nem sempre pudemos fazer tudo o que queremos. Quem perde sou eu já que por aqui sempre se respira boa poesia.
Um abraço

2:51 da tarde  
Blogger Martinha said...

"Eu adoro-a"... E o resto do poema vem a ser a confirmação a essa afirmação, a esse mostrar de carinho.

Um beijinho *

6:32 da tarde  
Blogger Marina said...

Precioso,siempre hacés muy buenas selecciones. Un abrazo.

2:19 da manhã  
Blogger KARMILA said...

Wow muito sugestivo, belo poema¡

beijos¡¡¡

5:42 da tarde  
Blogger Poemas e Cotidiano said...

Manuel,
Que lindo poema! "Ja nao se fazem poemas como antigamente"..
Adorei!
Um beijo carinhoso
MARY

3:31 da manhã  

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