terça-feira, setembro 21, 2010

FOLHAS

Tanta folhagem seca! Outono é fim!
O primeiro sono chega. Tudo acalma.
Como se a morte me tivesse a mim
Dando-lhe a graça de mais uma alma.

É ténue a luz do sol... pálida, enfim
A censurar a tarde breve e calma
A noite desce cedo... cobre assim
Todo o calvário do meu choro d'alma.

Apanhei uma folha... está cansada
Como se mesmo assim a madrugada
A tivesse beijado com paixão

Passei pelos meus dedos com carinho
Dizendo-lhe a lembrar... muito baixinho:
Que há beijos como ela pelo chão.

Maria José Veiga e Moura

9 Comments:

Blogger poeta_silente said...

Que linda poesia, Manuel.
Aqui, começa a primavera. A luz está mais forte, as flores estão a encantar nossos olhos. Mas, acredita. É a primeira vez, na minha vida, que percebo que há poucas flores. Muito pouca, mesmo. Bom prestarmos atenção a este fato. E ao que está a acontecer pelo mundo.
Abraços, caro amigo.
Miriam

1:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigada pela visita.
Gostei muito do poema q.partilhou connosco.
Boa semana.
Beijo.
isa.

11:43 da manhã  
Blogger ANNA P.M.S. said...

muito bonitoo...^^

4:32 da manhã  
Blogger fgiucich said...

Bello!!! Abrazos.

11:55 da manhã  
Blogger Ana Luar said...

Um poema fantástico meu querido Manuel.....que me fez lembrar a ligeireza com que se corre pelas fazendas de Almeirim

2:37 da tarde  
Anonymous aflordapele said...

Que doce...!!
Beijo meu

10:47 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

uma boa escolha.

um bom fim de semana!

beij

7:25 da tarde  
Blogger Baila sem peso said...

Mais um soneto de folhinhas de ouro
que tem no regaço o Outono em choro!
Mais um poema de luz tão calma
que nos enfeita e adorna a alma!

Um Outono cansado
em folhas deitado...

Beijinhos em suave semana

4:33 da tarde  
Blogger MS said...

... lindo este poema! Transmite toda a melancolia que o Outono poisa em nós.

Abraço,

1:12 da tarde  

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